Resumen Este texto pretende volver a la poética de Losango cáqui, de Mário de Andrade, un libro de poemas concebido y escrito a fines de 1922 y publicado solo a principios de 1926, en una versión parcialmente modificada. Aquí se argumenta que la falta de sincronía editorial, entre la escritura y la publicación, deformó la posición del libro en la temporalidad de la poesía modernista brasileña. A partir de su fortuna crítica, se busca entender la lógica temporal interna del libro, escrito en un momento en que Mário de Andrade y su grupo absorbieron aceleradamente las vanguardias europeas con un ímpetu de experimentación, el cual marca sobre todo los años de 1921-1924 del modernismo brasileño. Finalmente, se argumenta que Losango cáqui adquirió originalidad gracias a una refracción local del modernismo internacional, lograda a través de una reflexión poética en sintonía con su contexto.
Abstract This article aims at piecing together the poetics of Mario de Andrade's Losango caqui, a book of poems conceived and written at the end of 1922 and only published in the beginning of 1926, in a partly revised version. Here I argue that the lack of editorial synchrony between the writing and the publishing of Losango caqui deformed its position in the temporality of Brazilian modernist poetry. Based on its critical heritage, I try to understand the temporal logic of the book, which was created in a moment when Mario de Andrade and his group were hastily absorbing the international avant-garde, with the experimental drive that characterizes the period from 1921 to 1924 of Brazilian modernism. Finally, I point out that Losango caqui's originality is due to its local refraction of the international modernism, which was achieved by a poetics connected to its own context.
Resumo Este texto pretende remontar à poética de Losango cáqui de Mário de Andrade, livro de poemas concebido e escrito no final de 1922 e publicado somente no início de 1926, em versão parcialmente modificada. Defende-se aqui que a falta de sincronia editorial entre escrita e publicação deformou a posição do livro na temporalidade da poesia modernista brasileira. A partir de sua fortuna crítica, busca-se entender a lógica temporal interna ao próprio livro, composto em um momento em que Mário de Andrade e seu grupo absorviam de modo acelerado as vanguardas europeias, com um ímpeto de experimentação que marca sobretudo os anos de 1921-1924 do modernismo brasileiro. Argumenta-se, por fim, que Losango cáqui adquiriu originalidade graças a uma refração local do modernismo internacional, alcançada por meio de uma reflexão poética afinada com o seu contexto.